A Verdadeira História de Papai Noel - Parte I
SÃO NICOLAU
A verdadeira história de Papai Noel começa com Nicholas Taumaturgo,
que nasceu durante o terceiro século da era cristã (280 d.C.), na vila de
Patara, um movimentado porto na época pertencente à Grécia e hoje integrando a
costa sul da Turquia. Seus pais, cristãos devotos e muito ricos, morreram em
uma epidemia, quando Nicholas era bem jovem. Obedecendo às palavras de Jesus:
“vende tudo que tens, dá-o aos pobres” (Lucas 18:22), Nicholas usou sua herança
inteira para ajudar aos necessitados, doentes e aqueles que sofriam algum tipo
de carência. Dedicou sua vida ao serviço de Deus e foi ordenado, ainda jovem,
Bispo de Myra. O bispo Nicholas tornou-se muito conhecido por toda aquela
região, por sua generosidade, pelo amor aos necessitados e às crianças e por
seu interesse por navios e pela vida dos marinheiros no mar.
Sob o governo do imperador romano Diocleciano, que perseguiu
rudemente os cristãos, o bispo Nicholas muito sofreu pela sua fé, exilado e
aprisionado. Depois de sua libertação, Nicholas participou do Concílio de
Nicéia, em 325. Morreu em seis de dezembro de 343, em Myra, e foi enterrado em
sua igreja. O aniversário de sua morte transformou-se em um dia de
celebração em quase todos os países da Europa.
Com o passar dos séculos,
muitas histórias foram criadas ao redor de sua vida e de seu caráter extraordinariamente
compassivo, mostrando-o sempre como protetor e auxiliador daqueles em situação
de dificuldade, necessidade ou perigo. Uma
destas histórias, conta que um homem pobre, com três filhas para casar, não
tinha como prover-lhes o necessário dote. (Naquela época, quanto maior o dote, maiores
eram as chances de uma jovem encontrar um bom marido e sem um dote de valor era
improvável uma mulher conseguir se casar. Assim, as filhas de pais pobres
acabavam sendo vendidas como escravas.) Misteriosamente, em três diferentes
ocasiões, um saco de ouro apareceu, pela manhã, na casa deste pobre homem,
lançado por uma janela aberta e encontrado ao lado de meias e sapatos, ali
colocados para secarem. Esta história originou o costume de crianças, ao redor
do mundo, deixarem meias e sapatos junto a janelas, à lareira ou ao pé da cama,
aguardando presentes.
Centenas de histórias semelhantes contam que Nicholas, orando a
Deus, ressuscitou crianças assassinadas, salvou outras seqüestradas, obteve a
libertação de acusados inocentes, proveu alimento a pessoas indigentes e
praticou muitos outros atos de bondade, sempre em segredo e no anonimato. Estas
histórias, que enaltecem sua abnegação e extrema generosidade, fizeram com que
Nicholas seja venerado por católicos e ortodoxos (para os quais ele é patrono
de mais de cem diferentes classes de pessoas), e honrado por protestantes.
Comemorado extensamente na Europa, o dia da festa do St. Nicholas,
em seis de dezembro, manteve vivas as histórias de sua bondade e compaixão. Na
Alemanha e na Polônia, meninos vestidos como bispos, pedem esmolas para
distribuírem aos pobres. Nos Países Baixos e na Bélgica, St. Nicholas chega numa
carruagem aberta, puxada por um cavalo branco, distribuindo presentes. As
crianças holandesas deixam cenouras e feno para o cavalo do santo, em seus
sapatos, na véspera do dia seis de dezembro, esperando que ele os troque por
doces e brinquedos. Desta forma, a ênfase nos presentes acontece no início do
Advento, preservando o foco do Natal para o Menino Jesus.
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